Sunday, March 21, 2010

O anjo que caiu na minha vida.

Ela era um anjo. Cabelos loiros, olhos verdes, sorriso angelical. E muitas, muitas tatuagens pelo corpo. Uma delas inclusive trazia o desenho de um anjo. Por uma noite, nos entregamos e nos amamos intensamente. Fomos amantes, amigos, confidentes. Eu passaria horas e horas conversando com ela, ouvindo-a contar suas histórias, seus medos, suas incertezas. Ou simplesmente ficaria ali, vendo-a dormir. Eu faria tudo por ela, secaria suas lágrimas, abraçaria seu corpo bem forte contra o meu e cuidaria para que ela jamais se sentisse sozinha novamente. Sim, porque os anjos também precisam de proteção. Mas, embriagado de amor, expectativas e ilusões, eu me esqueci de um detalhe importante: os anjos têm asas. E, quando eu menos esperava, ela esticou suas asas, deu-me um beijo de despedida e voou. Naquela noite, descobri que nada é para sempre. E que é preciso aproveitar cada momento da vida como se fosse o último. Hoje, observo as estrelas no céu e, apesar da distância, eu ainda posso ver aquele sorriso brilhar.

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