Sunday, November 19, 2006

(...)

Suas lágrimas, suas lástimas, seu sorriso, é tudo o que eu mais preciso, choro em silêncio, mas o vazio eu preencho, não devo nada a ninguém, sigo em frente, um passo por vez, mas o que eu fiz ninguém mais fez, ninguém estava lá ao meu lado quando mais precisei. Uma criança perdida e amedrontada num quarto escuro, cheio de monstros malvados imaginários, esperando para dar o bote - não pode, não fode. Isso é trauma não é trama, trauma de infância quebrando o silêncio, sem lenço, com os olhos vermelhos, não de fumar maconha, mas de chorar rios de tristeza. Não sou de colocar os pingos nos is, mas costumo botar reticências em cada frase, nada acaba, nada termina, ouça-me bem, menina, isso tudo é uma roubada e não vai dar em nada, tudo mais não importa, antes de entrar bata à porta, se eu estiver, vá embora, volte outro dia, estarei melhor, estarei bem longe daqui, já sofri demais, não preciso que me digam o que sou, o que devo ser, o que sentir, o que pensar, como agir, eu vou melhorar. De qualquer forma, obrigado por perguntar.

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