Wednesday, May 14, 2008

Manifesto das Idéias

Meus companheiros criativos, gostaria de convidá-los a participar de uma grande revolução. Uma revolução feita não de armas, mas sim de idéias. Sim, idéias, porque elas estão simplesmente desaparecendo da face da Terra. Tudo começou há alguns anos quando os anunciantes passaram a cobrar as agências de propaganda por resultados. Tá bom, como se a gente não estivesse preocupado com isso. Bom, desde então a propaganda ficou muito chata. Politicamente correta demais. Feia, sem graça e careta. Por isso, meus amigos, chegou a hora de mostrar que propaganda boa funciona. Chegou a hora de provar o verdadeiro valor das boas idéias. O consumidor não quer somente ver produto e preço na televisão. Ele quer ter uma experiência, quer rir, se emocionar, chorar. Lembrem-se de uma das lições básicas que aprendemos: as funções da propaganda são informar, persuadir e entreter. Isso mesmo: entreter. É isso que falta na propaganda: entretenimento. Por isso, convido cada um de vocês, dentro e fora da agência em que atua, a começar uma grande revolução. Diga não às fórmulas prontas, diga não ao lugar-comum e, principalmente, diga não ao conformismo. É hora de pensar diferente. Se todo mundo for para um lado, vá para o lado contrário. É hora de criar campanhas para o consumidor final gostar e não apenas para o anunciante aprovar. É hora de ousar mais. Parem de seguir referências e tornem-se vocês mesmos as suas próprias. E nunca se esqueçam: a propaganda brasileira só se tornou uma das mais respeitadas do mundo pela criatividade, pelo bom humor e pela irreverência. O resto é bullshit. Vamos à luta, companheiros. A revolução está apenas começando.

*Eduardo Spinelli é redator publicitário, roteirista e web writer.
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