Thursday, November 30, 2006

Esta peça recebeu o troféu de bronze do V Prêmio Recall de Criação Publicitária, na categoria spots e jingles, realizado em 28 de novembro de 2005

Spot de rádio
Título: Cantadas Furadas
Cliente: Oscar Calçados
Duração: 30”
Trilha: música jovem, dinâmica

Entra locução (voz bem jovem):

Oscar Calçados apresenta:

Cantadas que não funcionam no Dia dos Namorados.

Entra voz masculina (tom bem interpretado de xaveco, tipo conquistador barato):

- Oi, você vem sempre aqui?

- O cachorrinho tem telefone?

- Nossa, eu não sabia que boneca falava...

- O que um bombonzinho está fazendo fora da caixa?

Volta locução (voz bem jovem):

Em vez de dar estas cantadas manjadas, dê um presente Oscar.

Presente Oscar. A melhor dica pra você se dar bem no Dia dos Namorados.

Oscar Calçados. Tudo por você.

OFD sem ofendê.


Nem todo mundo que trabalha com moda é gay. A maioria é, convenhamos. Eu, indiretamente, trabalhava com moda. E fazia - e faço ainda - parte da minoria heterossexual. Pra falar a verdade, eu ia aos desfiles só pra ver a mulherada. E a última edição do Oscar Fashion Days contou com grandes nomes como Juliana Paes, Grazi, Renata Fun e Flávia Alessandra. Graças a Deus, tive a sorte de trabalhar, na maioria das vezes, com anunciantes com visão de negócios e cabeça aberta, que sempre acreditavam na criatividade como mola propulsora de vendas e recall para a marca. Um dos principais clientes que lideram este grupo é a Oscar Calçados. E o desafio em que me vi era criar um anúncio de jornal que chamasse as pessoas para assistir aos desfiles, sendo que só poderiam entrar as que tivessem sido convidadas. Erro na estratégia de mídia? Talvez. Um mistério para nós, criativos. Bom, o que acontece é que as mulheres admiram as modelos e atrizes porque gostariam de se parecer com elas e os homens simplesmente porque gostariam de levá-las para a cama. Dois perfis distintos e com motivações bem diferentes. O que têm em comum é que ambos assistem a novelas, embora os homens neguem isso até a morte. Conclusão: o mote estava no fato de que o desfile aconteceria exatamente no horário da novela das 8, que como todos sabem passa às 9 e não às 8. Nascia então um título que não considero nenhuma obra-prima da propaganda, mas que, tenho certeza, acertou o leitor em cheio, indo de encontro às suas mais íntimas aspirações. A lição que tirei desta experiência foi que, às vezes, a comunicação precisa ser assim: objetiva, rápida e direta. Sem muitos rodeios e devaneios. Porque senão é aquela velha história: o consumidor até canta a musiquinha do comercial, mas na hora de comprar, acaba escolhendo o produto da concorrência.

Senhores prefeitos, secretários e assessores: para ser eficaz, a comunicação pública precisa ser boa, não chata.


Esta é mais uma da série “Peças que tentaram ser ousadas demais para clientes nem tanto”. Muita coincidência, não? Um evento de música em homenagem ao Dia do Trabalho cuja duração seria a mesma de uma jornada qualquer de trabalho. Pronto, não adiantava fugir, o mote estava ali, bem na nossa cara. Começa o brainstorming e depois de muita merda no ventilador, surge a pérola que você pode conferir aí em cima. Um anúncio all-type, do jeito que os redatores mais frescos adoram. Mesmo não sendo fresco, gosto muito desta peça, - e olha que como bom virginiano, sou extremamente crítico e auto-crítico - o que me deixa um pouco frustrado ao lembrar que a versão publicada no jornal era bem aquém desta. Fazer o quê, né, cada cliente tem a propaganda que merece.

Sem verba, a gente solta o verbo.


Nestes mais de 5 anos de agência, um dos segmentos em que mais me especializei foi conta pública (sem contar varejo e empreendimentos imobiliários, é claro). Já perdi a conta de quantas licitações participei, de quantas noites mal dormidas, de quantas caixas de pizzas e quantas garrafas pet 2 litros foram consumidas. O interessante de participar de uma concorrência é a possibilidade de criar sem se preocupar com a verba e o prazo. Bom, pelo menos sem se preocupar com a verba, já que geralmente as propostas são realizadas de um dia para o outro. E quem trabalha no mercado do Vale do Paraíba sabe que o que atrapalha o criativo no ofício de criar é, além da mentalidade retrógrada e obtusa de alguns anunciantes, a falta de prazo e a falta de grana. Mas deixando estas divagações de lado, e voltando ao cerne da questão, criei várias campanhas - algumas muito boas, outras terrivelmente ruins - para prefeituras, órgãos do governo estadual e demais esferas públicas. Um p*** de um desafio, já que em marketing político você precisa ter um cuidado redobrado com linguagem, escolha de palavras, uso das cores. Tem que ter precisão cirúrgica. Este banner de internet - outra das minhas especialidades - que criei para a Comissão de Serviços Públicos de Energia, modéstia à parte, foi, na minha opinião, um dos meus melhores trabalhos. Pena que não ganhamos a licitação - por incompetência nossa ou por politicagem suja mesmo - e, por isso, a peça nunca saiu da sala de criação. O que me consola é que, pelo menos na minha pasta, ela faz o maior sucesso.

Alguém aí reparou na marca do calçado que ela está usando?


Sempre me perguntei como as pessoas conseguiam prestar atenção em roupas, acessórios e calçados quando quem os vestia, usava e calçava eram modelos como Gisele Bündchen e Ana Hickmann. E foi durante um desfile da segunda, que tive a sacada para este anúncio, o qual deveria comunicar ao consumidor final que as coleções que ele vira - se tivesse sido convidado - no Oscar Fashion Days agora estavam disponíveis nas lojas da rede patrocinadora do evento.
Moral da história: com um belo par de pernas como estas é preciso tomar cuidado para não tropeçar no marketing de moda. Senão a modelo acaba aparecendo mais que a própria marca.
Este anúncio está no ClubeOnline, o site oficial do Clube de Criação de São Paulo. Bem, pelo menos estava até a data desta postagem. Acesse o link e confira: www.ccsp.com.br/busca/busca.php?t=p%E1gina+comunica%E7%E3o&SearchArea=novo&x=6&y=7&p=1#nav

TV a cabo com acento grave é um assunto tão grave que eu me acabo.


Adoro criar anúncios que homenageiam e valorizam a mulher. É uma oportunidade de mostrar que não sou tão canalha, cachorro e sem-vergonha quanto elas pensam. Que sou sensível, compreensivo e atencioso. Esta é uma peça que, particularmente, gosto bastante. Gosto do título, gosto da direção de arte. Só não gosto do cliente não ter aprovado. Achou que usar um desenho da Cartoon era muito infantil para o target. Será? Bom, antes que alguém reclame, já vou avisando: eu sei que a crase em “TV a cabo” não existe. Mas o Diretor de Arte pôs, o redator não revisou direito e ficou assim mesmo. Mas, tudo bem, como eu já disse é uma peça fantasma. E peças fantasmas só servem para assombrar a nós mesmos, criativos.

Agora entendo da onde vem a expressão ghost-writer


Esta é uma peça criada logo após um escândalo sobre corrupção publicado na capa da Revista Veja. Eu gosto da idéia, mas a produção é bem tosca. Até porque a peça não foi produzida, morreu na praia (juro que não foi trocadilho com São Sebastião). O cliente - aquele mesmo, acusado de corrupção - preferiu trilhar pelo caminho mais light e politicamente correto. Urgh!

Wednesday, November 29, 2006

O dia em que tive uma conversa com Bozo.

Esfreguei os olhos repetidas vezes mas não acreditei na imagem que chegava até minha retina. Era ele mesmo. Ali, na minha frente. Sentado à mesa, fumando seu cigarro e dando longas e pausadas baforadas. Bozo, o palhaço. Aquele mesmo que fora minha companhia nas manhãs de segunda a sexta, quando ninguém queria ser meu amigo por me achar uma criança esquisita demais. Aquele palhaço careca, com um cabelão vermelho e uma maquiagem carregada estava na minha sala de jantar. Inacreditável. Incrível. Se contar para alguém, ninguém acredita. Mas o que Bozo estava fazendo ali? Resolvi perguntar. Ele ficou algum tempo parado, silencioso, com o olhar perdido, vagando no horizonte. Estava bem velho, decadente e infeliz. Depois de algum tempo, finalmente proferiu as seguintes palavras:
- Sabe, eu vim aqui para dizer-lhe algo muito importante.
Enquanto ouvia atentamente suas palavras, aproximei-me da estante onde guardava meus discos de vinil antigos. Meus dedos foram dançando pelos diversos bolachões e, como se eu tivesse reconhecido apenas pelo tato, finalmente retiro um disco todo azul, um azul desbotado e com cheiro de nostalgia. Era o disco do Bozo, aquele que vinha com o Passaporte da Alegria do Playcenter, para você recortar, e tinha um encarte dentro com a caricatura do Bozo, para você colorir. Ou você acha que eu perderia aquela oportunidade única de pedir um autógrafo do palhaço mais famoso do mundo?
Ainda com os olhos naquela figura azul e vermelha, patética, que fedia à nicotina, indaguei:
- Será que você podia, por favor...
- O que tenho para dizer-lhe..., interrompeu-me o palhaço, como se não ouvisse uma palavra sequer do que eu dissera.
- O que tenho para dizer-lhe é que... é que... é que a vida é uma grande piada.
Nisso, caiu morto no chão da minha sala, como se atingido por um ataque fulminante. Um saco de risadas dispara e uma gargalhada assustadora ecoa por toda a sala. Um triste fim para uma criatura que tanta alegria levara a tantos milhares de lares. Mas, quer saber, Bozo tem razão: a vida é uma piada. E daquelas bem sem graça.

Tuesday, November 28, 2006

- Não acha coincidência nós dois termos nos conhecido neste mesmo lugar, neste exato momento?
- Coincidência ou destino?
- Sei lá. Às vezes, você não tem a impressão de que veio a este mundo para uma missão importante que vai beneficiar toda a humanidade e que Deus tem um plano infinitamente maior para a sua vida?

Monday, November 20, 2006

As coisas simples da vida

De repente, acordei e me dei conta. Olhei ao redor e perguntei a mim mesmo: “Meu Deus, o que estou fazendo da minha vida”? Tanta preocupação, tanta conta pra pagar, tanta merda sem importância. E o que vou levar dessa vida? Nada. Só minhas lembranças, meus momentos. Páro de pensar quando a vejo sair do banho, enrolada na toalha e exalando perfume por todo o quarto. Dou um gole no café e uma forte tragada no cigarro. Contemplo mais uma vez aquela beleza estonteante. Cada movimento dela é perfeito. Tudo bem, ela não é nenhuma Sherilyn Fenn, mas isso não importa, porque ela é a mulher que eu amo. Toda vez que estou mal, no fundo do poço, ela sempre fala a coisa certa na hora certa, tudo aquilo que eu preciso ouvir. Às vezes fico me imaginando morando com ela numa casinha no alto de uma montanha. Eu deitadão na rede, passando a mão sobre a cabeça do meu velho amigo, um basset hound chamado Bud, enquanto leio versos de Neruda ou Vinícius. Ao entardecer, ela, já mais velha e muito mais linda, me traz uma limonada bem gelada, feita com os limões do nosso próprio limoeiro, e eu agarro sua mão e a puxo para a rede e fazemos amor loucamente, enquanto o pôr-do-sol anuncia o término de mais um dia perfeito. Fazemos planos, muitos planos, mas sem aquelas preocupações ordinárias que tínhamos antes com dinheiro, previdência e futuro. Tudo muito mais simples. Simples como a vida deve ser. Afinal, só complica a vida quem não sabe viver.

O presépio de Eusébio

Ah, o Natal.
O clima natalino contagia as pessoas. As famílias ficam mais unidas, as pessoas mais solidárias, as casas enfeitadas e iluminadas e o coração humano bate mais forte.
Eusébio é um funcionário público que adora o Natal. Adora enfeitar sua árvore, ritual que uma vez por ano realiza com maestria, colocando todas as bolas, lâmpadas, miniaturas de papaizinhos Noéis e toda a sorte de badulaques e tranqueiras possíveis.
Mas o que realmente dá prazer a Eusébio e é motivo de orgulho é o seu pequeno presépio.
Com sua religiosidade ferrenha e sua personalidade calma, Eusébio vai montando quietinho e sempre sorridente aqueles bichinhos, maguinhos e todas as figurinhas sagradas que ele, em todos os sentidos, adora.
Eusébio volta a ser criança, revive sua infância, quando ao invés de brincar de forte apache como as crianças normais, deliciava-se encenando a Paixão de Cristo e outras passagens bíblicas do Novo e Velho Testamento.
Enquanto manuseia cuidadosamente suas personagens, Eusébio fecha-se numa redoma de vidro.
O fantástico mundo de Eusébio, onde anualmente recria-se, como numa peça teatral, o fantástico milagre do nascimento do deus-menino.
Nada pode estragar este momento de êxtase.
Nada a não ser Dona Gumercinda, a empregada doméstica de Eusébio, que com seu espanador estabanado tira o pó e a vida do recém-nascido.
Por alguns instantes, o silêncio e um mal-estar tomam conta da sala de estar.
Eusébio, com o olhar perdido no horizonte e engolindo seco, junta todas as suas forças e diz com suas doces e pausadas palavras:
- Êta véia escrota du caraio!
O Natal e o presépio de Eusébio nunca mais foram os mesmos depois daquele fatídico dia.

Eduardo Spinelli é redator publicitário e, nas horas vagas, escreve textos escrotos como este.

Sunday, November 19, 2006

(...)

Suas lágrimas, suas lástimas, seu sorriso, é tudo o que eu mais preciso, choro em silêncio, mas o vazio eu preencho, não devo nada a ninguém, sigo em frente, um passo por vez, mas o que eu fiz ninguém mais fez, ninguém estava lá ao meu lado quando mais precisei. Uma criança perdida e amedrontada num quarto escuro, cheio de monstros malvados imaginários, esperando para dar o bote - não pode, não fode. Isso é trauma não é trama, trauma de infância quebrando o silêncio, sem lenço, com os olhos vermelhos, não de fumar maconha, mas de chorar rios de tristeza. Não sou de colocar os pingos nos is, mas costumo botar reticências em cada frase, nada acaba, nada termina, ouça-me bem, menina, isso tudo é uma roubada e não vai dar em nada, tudo mais não importa, antes de entrar bata à porta, se eu estiver, vá embora, volte outro dia, estarei melhor, estarei bem longe daqui, já sofri demais, não preciso que me digam o que sou, o que devo ser, o que sentir, o que pensar, como agir, eu vou melhorar. De qualquer forma, obrigado por perguntar.

Friday, November 17, 2006

Bicho-papão

A mãe acabara de deixar o quarto, após dar-lhe o beijo de boa noite. O silêncio, a escuridão e o medo tomavam conta do lugar. Ela rezava o Pai-Nosso compulsivamente. A respiração ficara ofegante. As batidas cardíacas aceleravam num ritmo quase frenético. A garganta seca, o suor escorria da testa e dos vãos entre os dedos. De repente, a porta se abria, um som assustador, deixando um estreito fio de luz iluminar todo o ambiente. A luz cegou-lhe temporariamente os olhos. Ao abri-los novamente, a penumbra estava impregnada nas quatro paredes. O desespero tomava conta mas ela silenciava o grito com as duas pequeninas mãos. Passos eram ouvidos, como se estivessem cada vez mais perto. A tensão aumentava, as mãos trêmulas e o pensamento dominado pelo terror. Num gesto brusco, ela gira a lanterna iluminando o vulto à sua frente. Ao reconhecê-lo, sua expressão de medo é ressaltada pelas linhas do rosto, que contornam seus olhos e boca. Ela preferia que o intruso fosse um completo estranho e não um rosto tão familiar. O invasor com uma das mãos segura uma cinta e com a outra abre o zíper. Mais uma noite em que ela teria que enfrentar seus medos, seus monstros. E não era um bicho-papão debaixo da cama. Era pior. Era o bicho-papai, que queria levá-la para a cama.

Thursday, November 16, 2006

Pára e pensa

Sou publicitário. Vivo de vender sonhos para as pessoas. Mas muitas dessas pessoas jamais conseguirão realizar seus sonhos. Uma criança vai assistir TV - na vitrine de uma loja, porque o pai dela não tem dinheiro para comprar uma - e vai ver o comercial de um tênis. Ela vai receber tantos estímulos - “Compre, “use”, “tenha” - que vai ficar louca para comprar o produto. Mas daí ela lembra de sua condição miserável e isso vai gerar uma frustração. Uma baita duma frustração. E aí, o que ela vai fazer? Vai roubar o pisante do filhinho de papai que só deste modelo tem uns três pares? Ou vai cheirar cola ou fumar crack pra ver se esta vontade maldita passa? Pedir pro pai nem pensar, porque o pouco dinheiro que tem em casa ele usa pra encher a cara no bar e, sabe como é, né, toda vez que bebe, o véio fica violento. Mas aonde ele quer chegar, você deve estar se perguntando. Bem, caro internauta, quero apenas questionar o modelo de comunicação de massa que atinge mais consumidores do que deveria. Um modelo ultrapassado, que peca por colaborar com a exclusão social. Que tem uma correlação direta com marginalidade, criminalidade, violência, uso de drogas e consumismo desenfreado. Ou será que estou viajando?

Do âmago da alma

Escrever para mim sempre foi uma espécie de válvula de escape. Uma terapia. Se estava triste, escrevia. Se estava puto da vida, escrevia. Se estava contente, escrevia. Nada melhor que compartilhar com você mesmo suas neuras, medos, inseguranças. É como se você desabafasse e colocasse tudo pra fora, mas sem ferir ou magoar quem realmente merecia ouvir tais palavras. Sei lá, faz um bem danado. Parece que depois você se sente mais leve. Às vezes certas pessoas merecem ouvir o que você tem a dizer. Em outros casos, não. Mas jamais, eu disse jamais, guarde para você tudo aquilo que está entalado na garganta. Faça como eu: escreva. Mesmo que escreva certo por linhas tortas, assim como eu. Tô pouco me lixando se estas palavras são belas ou gramaticalmente corretas. O que importa é que só de juntá-las numa mesma frase já dá uma sensação que o meu dia está bem melhor.

Discutir a relação é fácil. O difícil é controlar a língua.

Discutir a redação? Mas que trocadilho mais sem-vergonha, hein? Bom, é assim, de forma totalmente despretensiosa, que inauguro o meu primeiro blog. Um lugar onde poderei escrever sobre minhas paixões - propaganda, cinema, mulheres, quadrinhos, músicas e mais uma pá de coisas - sem nenhum pudor e sem medo que meus interlocutores saiam correndo ou morram de tédio. Afinal, se você está lendo isso, é por sua conta e risco. Boa leitura!